segunda-feira, 1 de junho de 2009

Pim Pam Pum...

Pim Pam Pum, cada bola mata um... Fui jogando até ficar apenas eu...
Fui eliminando um a um, até ao fim... Pus uma cruz em cada olhar, em cada sorriso, em cada conversa, em cada sabor que ficou em mim, em cada momento de timidez, em cada momento de loucura, em cada beijo roubado, em cada toque de pele, em cada palavra trocada, em cada gemido, em cada sensação de prazer proibido...
E no final continuei a jogar... Desta vez ao faz-de-conta... E fiz de conta que não queria saber... Fiz de conta que nada me importava... Simplesmente fiz de conta...
Deitei-me sozinha, a apreciar o silêncio da minha respiração, a sentir o calor apenas da minha pele... E fiz de conta que não me importava...


Espero o dia em que não tenha que jogar...
O dia em que me possa entregar sem fugir.
O dia em que me possa entregar sem ter que convidar a sair...
O dia em que possa dizer "sim, importo-me, porque sim, só te quero a ti..."

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